sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Portugal vai financiar a aquisição de “Patrulhões” (NPO2000) por Marrocos?


Os bancos portugueses BES e CGD querem financiar a aquisição por Marrocos de vários navios patrulha.
O negócio em questão alcança os 450 milhões de euros e envolve a Marinha marroquina e a empresa portuguesa Empordef, uma “holding” estatal de Defesa e a venda de seis navios patrulha oceânicos e de seis navios patrulha costeiros que seriam construídos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo.
O negócio vem ao encontro de uma necessidade marroquina na patrulha de uma extensa linha costeira, muito permeável ao tráfego de droga para a Europa do sul e aos fluxos migratórios que vindos de toda a África acabam em Marrocos e o tornam no último entreposto africano antes de chegar à “utopia” europeia. Em virtude destes dois fenómenos, o reino Hachemita tem sido muito pressionado a aumentar o seu controlo nas fronteiras marítimas, algo para que não tem meios suficientes e uma necessidade que os “patrulhões” portugueses poderiam satisfazer. É claro que militarmente, os navios de Viana do Castelo têm um valor muito reduzido (estão armados apenas com um canhão), pelo que não constituem uma ameaça militar. Mas são navios com algum arcaboiço capazes de enfrentar a rudeza do Atlântico, com uma plataforma para um helicóptero ou um UAV e poderão ser cruciais na detecção e intercepção de barcos de pesca ilegal, de contrabando ou narcotráfico ou perigosamente carregados de imigrantes ilegais.
O bom sucesso deste negócio pode determinar a possibilidade de realizar outras exportações idênticas para o norte de África, nomeadamente para a Tunísia e para a Líbia, com que Portugal tem agora excelentes relações.
Pena é que esses bancos do caralho não se tivessem lembrado de financiar a Marinha Portuguesa.

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