sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Descoberta nau portuguesa ao largo do Rio de Janeiro


Mais uma vez, chegaram através da comunicação social, fantásticas notícias da descoberta de mais um fabuloso tesouro subaquático, desta vez associado a uma nau portuguesa.
Apesar de apenas terem sido encontradas algumas madeiras, e nenhum tesouro, a informação que foi posta a circular identifica, de imediato, um navio português específico, a nau Rainha dos Anjos que, logo por acaso, transportava nos seus porões um tesouro avaliado em 670 milhões de euros.
Naturalmente que, para o descobridor (o qual, segundo se sabe, fez a descoberta quando procurava um hélice caído de um rebocador), a possibilidade de se tratar dessa nau, que se afundou a 17 de Julho de 1722 frente à baía da Guanabara na costa do Rio de Janeiro, é fascinante.
O navio, que viajava de Macau para Lisboa, entrou a 15 de Maio desse ano, após 5 meses de viagem, no porto do Rio de Janeiro, fundeando nas proximidades da Ilha das Cobras. A bordo vinha um representante do Papa, que tinha sido recebido pelo imperador da China e regressava à Europa com diversos presentes para o Papa e para o monarca português, D. João V.
O navio, com 54 peças de artilharia e com mais de 300 pessoas embarcadas, por razões desconhecidas, explodiu cerca de um mês depois de ter chegado, tendo-se partido em dois.
De acordo com uma relação da carga, descoberta em 1963 por um tal George Loehr, entre esta encontravam-se 128 vasos de porcelana, uma caixa esmaltada, 10 vasos esmaltados e 138 ou 136, segundo outras fontes, vasos de "vidro de Pequim", dos quais actualmente apenas existe um no Museu Imperial da China.
Nem o descobridor nem a comunicação social mencionam que esta nau terá sido salvada por um tal Jorge Mainarte, entre 22 de Julho de 1722 e 24 de Junho de 1724, segundo informação do investigador Paulo Monteiro, desconhecendo-se, portanto, que carga ainda permanecerá nos seus porões.
Ficaremos a aguardar desenvolvimentos acerca desta descoberta, em particular os testes às madeiras, que foram solicitados, e da actuação das entidades oficiais brasileiras.

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