terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Perguntas e respostas sobre alterações climáticas


A propósito da Conferência de Copenhaga e das alterações climáticas, ficam aqui algumas perguntas e respostas sobre o tema.

O que são as “alterações climáticas”?
Referem-se a todas as alterações significativas nas medições de variáveis do clima - como a temperatura, a precipitação ou o vento – em períodos de tempo prolongados.

O “aquecimento global” é apenas uma dessas alterações?
Sim, embora muitas vezes as expressões surjam (erradamente) como sinónimos. O aquecimento global corresponde a um aumento da temperatura média à superfície e na troposfera.

As alterações climáticas são causadas pela actividade humana?
As alterações climáticas podem ter origem em factores naturais (como a intensidade do Sol), processos naturais no próprio sistema climático (como a circulação de correntes oceânicas) ou actividades humanas. Estas podem afectar a composição da atmosfera (através da queima de combustíveis fósseis) ou da superfície terrestre (através de desflorestação, urbanização, etc.). Os cientistas do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas acreditam que é “muito provável” (corresponde a 90% de confiança) que as emissões de gases com efeito de estufa provocados pelas actividades humanas tenham causado a maioria do aumento observado das temperaturas médias globais desde meados do século XX.

Quais são os principais gases com efeito de estufa (GEE)?
Gases como o vapor de água, o dióxido de carbono (CO2), o ozono ou o metano (CH4) compõem apenas 1% da atmosfera, mas funcionam como um telhado de vidro de uma estufa, retendo a radiação solar reflectida e o calor no planeta. Só que esse “tapete” de gases está a ficar cada vez mais espesso, com CO2 a mais (proveniente da queima de petróleo, carvão e gás natural), metano e óxido nitroso (N2O) adicional com origem na agricultura e outros gases industriais persistentes que não existem naturalmente na atmosfera.

A Terra está a aquecer assim tanto?
Sim, a julgar pela avaliação do IPCC. Os cientistas consideram que essa é uma conclusão “inequívoca”. A concentração de CO2 e de metano ultrapassa de longe os seus níveis naturais dos últimos 650 mil anos, tendo aumentado a um nível “muito provavelmente” sem precedentes nos últimos 10 mil anos.

Que impactos poderá provocar?
A este ritmo, a temperatura média global deverá subir entre 1,8 graus e quatro graus centígrados até 2100. Se as emissões de GEE continuarem neste ritmo, é previsível um aumento de 0,2 graus por década. Um tal aumento de temperatura leva a um risco acrescido de extinção de espécies animais. Os mares e oceanos poderão ficar mais ácidos. O nível do mar poderá subir entre 0,1 metros a 0,9 metros. Poderão ocorrer secas, cheias e ondas de calor com mais frequência e intensidade. A água poderá faltar em zonas já semi-áridas.

Esses efeitos já são visíveis?
Os cientistas são muito cautelosos quando associam eventos extremos da actualidade às alterações climáticas. Para além dos efeitos descritos no relatório do IPCC de 2007, há já múltiplos sinais de alarme para a comunidade científica.

De que forma Portugal é afectado?
O impacto foi estudado no projecto SIAMM. A costa portuguesa poderá sofrer com uma possível subida do nível do mar. Até ao fim do século, pode ocorrer uma diminuição da precipitação que pode ser superior a 30% no sul do país. Poderão surgir dias muito quentes com mais frequência. Mais secas e cheias poderão ser observados.

P.S.: Isto é mais para aqueles que pensam que nada vai acontecer....
Sejam mais ecológicos!!!

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