segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Estaremos perante a primeira vacina realmente eficaz contra a SIDA?


Existe actualmente uma vacina que confere alguma protecção contra a SIDA. A vacina não protege a 100% contra a infecção, de facto, protege a apenas 31%, pelo menos essa foi a conclusão de um estudo que abrangeu mais de 16 mil participantes e realizado com duas vacinas, a Alvac da SanofiPasteur e a AidsVax da VaxGen. As duas vacinas – separadas – eram ineficazes, como demonstraram ensaios clínicos na década de noventa, e desde então, a maioria dos cientistas desesperaram de encontrar tal vacina, devido à incrível capacidade do vírus de encontrar novas formas e assim iludir qualquer vacina.
Mas nesta vacinação combinada de Alvac com AidsVax parece existir uma protecção contra a infecção, ainda que a carga viral dos infetados não diminua.
A estratégia desta abordagem dual ao vírus da SIDA é conhecida como “prime-boost” em que cada uma das vacinas induz a reacções diferentes, a primeira produz uma resposta imunitária e a segunda reforça-a e optimiza-a. Na Tailândia, onde se realizaram estes testes, houve um total de seis injecções, as primeiras quatro com Alvac e ADN do SIDA. A Alvac produziu uma resposta imunitária celular (CD8) que destruiu as células infectadas com o SIDA e desencadear uma resposta imunitária contra o vírus solto no sangue. As duas últimas injecções de AidsVax com uma simples proteínas do invólucro do vírus deverão acelerar (booster) a Alvac. Isoladas, foram um fracasso, mas juntas estão a revelar-se eficazes, pelo menos parcialmente.
Infelizmente, esta vacina dual, não reduz os vírus naqueles que já estão infectados com o SIDA… E confere uma protecção de apenas 31%, mas é preciso ter em conta que a algumas vacinas oferece uma protecção entre os 50 e os 60% e a maioria, entre 80 e 90%. Há ainda trabalho a fazer… As estirpes dominantes em função de cada continente podem ser ajustadas ou orientar a resposta da AidsVax para as parcelas genéticas do vírus que não mutam.

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