quinta-feira, 22 de abril de 2010

O permafrost do Árctico está a derreter: Efeitos para o Aquecimento Global


Os depósitos submarinos de metano estão destabilizados e começaram a emitir grandes quantidades de metano para a atmosfera. Esta é uma consequência do aumento de temperaturas nas latitudes mais elevadas do globo e tem uma enorme gravidade, já que o metano é 30 vezes mais influente para o Aquecimento Global que o muito mais mediático Dióxido de Carbono.

Esta revelação surge na revista “Science” e refere-se ao permafrost do árctico, que até à bem pouco tempo atrás se acreditava ser resistente à evaporação do metano aqui conservado. Mas não é isso que está a acontecer. O estudo foi liderado pela climatologista norte-americana Natalia Shakhova Shakhova. O estudo revela que o metano que é actualmente emitido no Árctico é já equivalente ao emitido por todos os outros oceanos do planeta. No total, falamos de 1,1 milhões de toneladas emitidas por ano, metade do total de emissões mundiais de metano. Mas o que é mais preocupante não é o valor actual, é o facto de segundo o estudo, existirem sinais que estamos à beira de um aumento explosivo das emissões de metano: os níveis de metano registados nas águas profundas do Árctico são oito vezes superiores aos das águas dos restantes oceanos e há até locais onde o nível é 250 vezes superior ao normal no Verão e 1400 no Inverno.

O metano é 30 vezes mais grave que o dióxido de carbono para o Aquecimento Global, mas a situação é agravada – afirma a investigadora – pelo facto de que a emissão de apenas 1% do metano armazenado no permafrost ir alterar a composição atmosférica quadruplicando o total de metano já presente hoje na atmosfera.

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