Rumar Portugal, Considerar a Europa, Pensar a Lusofonia
António Jose Borges
Nova Águia, número 8
Se algo parece claro nos últimos meses é precisamente a esta questão: a Europa está a germanizar-se e de forma acelerada. França continua a iludir-se a si própria julgando que ocupa ainda um local central no quadro europeu. Mas de facto, o jogo da austeridade, que propicia a uma fuga massiva de capitais da periferia para a Alemanha, Suíça e Holanda, empobrece todo o continente, impondo uma contenção orçamental que muito agrada a alemães, mas sem a abundância de capitais de que ela goza.
A Europa perde carácter e torna-se cada vez numa “Grande Alemanha”, em que todos os demais Estados transferem parcelas crescentes de soberania para a Alemanha, o papel e a influencia da Comissão Europeia desvanece-se e os países periféricos transformam-se cada vez mais em gigantescos “club meds” sem real influencia ou condução nos destinos da cada vez menos “comum” casa europeia.
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